Até sempre querida avó Celeste
Deixo um texto do primo João para que possam recordar o espírito da vossa bisavó ♥
OBRIGADO, Avó!
Não
podia deixar passar este momento sem te agradecer por tudo o foste para
mim e por tudo o que fizeste por mim. São muitas as histórias e
memórias que vou guardar tuas.
Gosto
de recordar a 1ª definição que ouvi, por ti, do significado do que é
ser avó. Teria eu os meus 10, 12 anos, já não sei precisar, quando me
disseste que avó é ser mãe a dobrar. Na altura não percebi o que querias
dizer, acho até mesmo que discordei contigo, mas nunca me esqueci
destas tuas palavras. Só uns anos depois é que consegui perceber, ao
observar com olhos de ver, a tua prontidão em olhares e cuidares de nós
sempre que um filho teu precisava, a maneira tão fácil como parecia que
te desdobravas e multiplicavas para estares sempre lá para nós, e por
todos os pequenos grandes gestos de amor com que nos presenteavas
diariamente… desde o pão com tulicreme de que nós tanto gostávamos, e
deixamos de gostar desde que apareceu a nutela, e sendo tão mais cara tu
compravas para nós e nos servias no pão do lanche da tarde, o famoso
bolo de bolacha que fazias em cada aniversário, as moedinhas que nos
davas por te arrancarmos as ervas daninhas do jardim ou quando te íamos
buscar uma botija ao café, aquelas maravilhosas pataniscas de carne a
que chamavas “capotas” e que todos adorávamos e tantas vezes nos
serviste ao almoço… e tantas outras coisas, sem poder deixar de referir a
enorme alegria e orgulho com que sempre te ouvi contar a qualquer
pessoa que conhecias que eras mãe de 13 filhos, avó de 26 netos (agora
27) e bisavó de 10 bisnetos (agora um número já superior ao dos netos)
e, claro, a forma carinhosa como sempre me tratavas, o teu Joãozinho.
A partir de agora já não estás mais fisicamente connosco, mas a certeza é que ocuparás sempre um lugar especial no meu coração.
Até um dia, Avó! E, mais uma vez, obrigado!
